terça-feira, 17 de julho de 2012

Avenida Brasil


Fazia um bom tempo que eu não parava para assistir novela, mas agora não perco um capítulo de Avenida Brasil. Assisto todo santo dia ou, pelo menos, sempre que posso.

A trama global, do horário nobre, não traz uma história inédita e nem personagens originais. Aliás, a novela apresenta mocinhos e vilões já vistos inúmeras vezes na televisão ou no cinema: a madrasta má e a menina órfã, o marido infiel, casais com grande diferença de idade. Até o Nilo, personagem interpretado pelo ator José de Abreu, nos remete ao lobo mau de um conhecido conto de fadas.

Definitivamente Avenida Brasil não é uma história nova. No entanto, a novela prende a nossa atenção a ponto de ficarmos em frente à televisão para saber o que vai acontecer depois do intervalo.

Acredito que o fascínio de Avenida Brasil não é a história em si. Mas sim o modo como à trama é desenrolada capítulo a capítulo. A novela tem uma narrativa dinâmica, com movimento. Acho até que essa foi a grande sacada do autor, pois ele percebeu que o telespectador de hoje processa as informações com muita rapidez e agilidade - consequência do uso da internet.

O autor também tem usado muito bem dois elementos que seguram o telespectador: a interrupção da cena ou capítulo no ápice de cada situação e a identificação com o dia a dia das personagens. Aquele falatório na casa do Tufão não lembra a nossa casa quando a família está toda reunida? E as brigas entre a Monalisa, personagem da Heloísa Perissé, e seu filho Iran, Bruno Gissonia, não soa familiar? Tudo em Avenida Brasil gera identificação!

O fato é que a novela chama a atenção gostem ou não os cultos e intelectuais. Avenida Brasil está aí provando, diariamente, que uma história bem contada vale a pena ser assistida.

Camila Santos